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Eu assisti: We Need To Talk About Kevin

Título Original: We Need To Talk About Kevin
Título no Brasil: Precisamos Falar Sobre o Kevin
Dirigido por: Lynne Ramsay
Lançamento: 27 de janeiro de 2012
Duração: 1h 50min
Gênero: Drama, Suspense
Adaptação: Filme adaptado do livro de Lionel Shriver
Sinopse pelo Adoro Cinema: Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.



Assisti We Need To Talk About Kevin semana passada e fiquei meio chocada. O filme conseguiu quase acabar com a mínima vontade que eu já tinha de ter filhos futuramente. 
A primeira cena já conseguiu me deixar assustada mesmo se tratando da Guerra de Tomates que acontece na Espanha. Todo o vermelho que preenche a tela faz com que eu fique agonizada e também pense sobre mortes em cenas futuras.
O filme levanta uma questão interessante: Até que ponto é culpa da mãe o comportamento de um filho?
É algo importante de se pensar. Por que a culpa é sempre da mãe? Está certo em que alguns casos não existe a presença de um pai, mas também não se pode descartar completamente a participação de um pai presente -mesmo que não sempre - no comportamento de um filho. No caso do filme, o pai acredita que Kevin é um anjo e está sempre discordando da mulher quando ela o acusa de coisas que ele cometeu. Um pai que não enxerga o  lado errado de um filho faz com que se dificulte um diagnóstico e tentativa de melhora no comportamento do filho que, por sua vez, pode acabar virando um psicopata e serial killer como Kevin. É importante que pai e mãe escutem um ao outro e saibam analisar o filho, mesmo que isso seja difícil já que a criança pode ser comportar de forma diferente quando está com o pai ou a mãe.
E por que culpar a mãe pelas coisas que um filho faz? Eva - a mãe de Kevin no filme -, mesmo tendo uma relação dura com o filho, fez o que pode para que ele se comportasse, mas o menino não tinha jeito. E como as outras pessoas não enxergavam esse lado perverso de Kevin, ficou difícil para a mãe conseguir algum tratamento para o menino. Então será que a culpa é dela? Talvez as outras pessoas também tenham culpa por nunca terem escutado Eva. Quando se bate demais em uma mesma tecla é porque algo está errado. Custava averiguar a situação? 
Com uma história contada através de flashbacks, We Need To Talk About Kevin prende a atenção do espectador até o final da última cena e cria uma nova reflexão sobre a culpa das mães no comportamento de um filho, revelando - pelo menos ao meu ver - que nem sempre a culpada vai ser a mãe.

P.S.: Quando Kevin deixa a mãe viva me vem dois pensamentos em mente:
  • Ele deixa ela viva porque ele a odeia e quer que ela sofra as consequências;
  • Ele deixa ela viva porque no fundo sabe que ela é a única que o conhece verdadeiramente desde o princípio e por isso ele pode ter criado laços afetivos com ela, mesmo que isso não fique claro e que ele não demonstre isso a nenhum momento. 

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